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A Santa Casa da Misericórdia de Alcochete, conhecida como "Lar Barão de Samora Correia", teve a sua origem por decreto real de Dom Manuel I, embora a data exata de sua fundação seja incerta. Presumivelmente ocorreu por volta de 1511, durante a vigência da Rainha D. Leonor, conforme indicado nos registros dos "Livros dos Títulos da Casa".
Inicialmente, a Misericórdia de Alcochete funcionava no antigo Hospital da Misericórdia, adjacente à Capela de Nossa Senhora da Vida. Posteriormente, mudou-se para o atual edifício, legado em testamento pelo III Barão de Samora Correia, Carlos Ferreira Prego (1857-1902), membro de uma família abastada de agricultores, cujo avô recebeu o título de nobreza. Em 1889, casou-se com D. Laura Ricca, filha de um conhecido capitalista daquela época. Demonstraram capacidade gestora da herança recebida, acumulando uma considerável fortuna, parte da qual foi deixada em testamento afim da Santa Casa da Misericórdia de Alcochete fundar um "asilo" para mulheres pobres e impossibilitadas de trabalhar, naturais das freguesias de Nossa Senhora da Oliveira (Samora Correia) e de São João Baptista (Alcochete), com admissões equitativas para ambas as freguesias.
A soma de vinte contos de réis, paga dentro de um ano após seu falecimento, foi destinada à criação e sustentação do mencionado asilo. Além disso, previa o alargamento, sob as mesmas condições, de uma instalação para homens, assim que os recursos fossem suficientes.
O edifício-sede no Largo Barão de Samora Correia, passou por melhorias e adaptações no primeiro e segundo pisos, realizadas entre 1966 e 1970.
Além do edifício-sede, foram legados à Misericórdia o Monte da Bela Vista, Marinha da Bela Vista, a Herdade da Bela Vista e Marinha Nova da Bomba.
Ao longo da sua história, a SCMA foi cumprindo os objetivos testamentários, acompanhando a evolução social do pais e adaptando-se às novas exigências para o Setor Social.
Atualmente, a Misericórdia oferece serviços de ERPI, de Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Cantina Social.